A história desconhecida de uma mística pertencente à nobreza brasileira, escrita pelo maior teólogo católico do século XX. Filha ilustríssima da Terra de Santa Cruz e nona herdeira dos barões do Rio Negro, Francisca Carvalho do Rio Negro passou para a eternidade com o nome religioso de Madre Francisca de Jesus. Nascida em Petrópolis no ano de 1877, o belo rebento da nobreza se mudou junto à sua família para Paris quando do fim da monarquia brasileira. Piedosa, devota e enlevada no coração do Divino Esposo, Francisca devotará sua virgindade a Nosso Senhor através de um voto secreto realizado ainda na adolescência. Destinada à vida religiosa, padeceu duras provas em sua fundação religiosa, a Companhia da Virgem: desde a oposição da família até calúnias e chagas verdadeiramente excruciantes. Após a aprovação de seus estatutos pelo Santo Padre, o Papa São Pio X, funda sua casa na Itália, de onde transladará uma primeira vez sua nascente congregação para sua segunda casa, ainda na Itália. E, após sofrida evicção de sua segunda casa e decorrida sua morte, a Companhia da Virgem encontrará remanso em Petrópolis, no Brasil, onde se estabelecerá permanentemente. Permeada de grandes sofrimentos e consolações, a vida desta mística, cuja obra é dedicada à contínua oração pelos sacerdotes, será coroada não apenas pelo odor de santidade que cerca o leito de morte da Madre Francisca, mas também pela impressão miraculosa da Santa Face do Senhor na parede de sua cela. Eis a grandiosidade oculta deste modelo de religiosa que mereceu de seu confessor, o teólogo dominicano Rev. Pe. Garrigou-Lagrange, O.P., a única e eloquente biografia por ele algum dia escrita.