Autobiografia do Pe. Reus (1860-1947) é uma espécie de um auto retrato falado. Descreve com exatidão e plasticidade o seu universo pessoal e a circunstâncias familiares e e história da época. Abrange o período que vai de 1986 até 1937, ano em que começa a escrever o Diário. Na Autobiografia dá destaque ao seu inter-relacionamento com as pessoas humanas e com Deus. Das descrições objetivas, emerge a sua postura de homem simples e honesto, que sempre teve o seu ponto referencial máximo em Deus e no próximo, na consciência de sua autonomia e de sua responsabilidade pessoal. A autobiografia é um documento de extraordinário valor humano e religioso.O Diário, que vai de 1937 a 1947, mesmo com suas limitações de forma e obscuridade de conteúdo,apresenta-se como um dos mais extraordinários textos da literatura mística da Igreja Católica. Com manifesto propósito de relatar o que lhe fora mandado pelos superiores, descreve, com a simplicidade de uma criança, a grandeza das coisas recebidas deDeus. Com palavras simples, sem metáforas ou aleatórias, relata como vê o Salvador, percebe o perfume dos lírios nas mãos dos anjos, bebe o Santíssimo Sangue, que jorra da chaga do Coração de Cristo e sente os estigmas impressos nas mãos.No Diário, a palavra humana se torna importante para expressar os insondáveis mistérios de Deus, presentes em sua alma. Para auxiliar as limitações da palavra humana, apela para os 1.148 desenhos, que indicam, surgem, conotam o que está para lá da imaginaçãohumana.A vasta simbologia mística alarga, ainda mais, os horizontes de Deus e do homem.O Diário é texto original, que não encontra similar na literatura mística Católica.