Ao elaborarem as propostas de trabalho, experienciá-las na sala de aula e socializá-las, posteriormente, por meio dessa obra, o que prevalece é a postura de professores ativos que, responsivamente, procuram responder dialeticamente à necessidade queemerge do contexto social, mais especificamente, da escola na qual atuam. Colocar-se nesta posição de autor-criador que tem o que dizer e para quem dizer não é uma tarefa fácil, uma vez que o discurso científico exigido pela academia requer um deslocamento para além da didatização da sala de aula. Mesmo cientes das dificuldades que poderiam enfrentar, aceitaram esse desafio e povoaram suas proposições de intenções enunciativas, demarcando outras possibilidades de trabalho com os gêneros discursivos. E fizeram isso com maestria, com a propriedade de quem entendeu a proposta, sabe o que tem a dizer e como quer fazê-lo. Portanto, recomendo a leitura de cada capítulo da obra a todos os professores de Língua Portuguesa do ensino fundamental quedesejam (re)visitar sua prática docente na perspectiva de torná-la mais coerente e consistente com os pressupostos teórico-metodológicos da concepção dialógica e interacionista da linguagem. E recomendo, também, a todos os pesquisadores da área da Linguística Aplicada, pois ao se voltarem para os problemas reais de uso da linguagem, poderão encontrar nos capítulos resposta(s) a muitos questionamentos, principalmente àqueles que se referem ao trabalho com os gêneros discursivos para as práticas de ensino da leitura e da escrita. Profª Drª Terezinha da Conceição Costa-Hübes Universidade Estadual do Oeste do Paraná - Unioeste