Antonio Caetano compartilha uma realidade sintetizada por C. G. Jung: a vida é um breve intervalo entre dois mistérios. Por isso sua busca constante, na vida pessoal, profissional e artística, em manter abertura e contato com esses mistérios que podemos comparar, precária e metaforicamente, a um enorme caldeirão onde se originam e se entrechocam, desde tempos imemoriais, as imagens que alimentam tanto os sonhos e a vida psíquica de cada indivíduo, como as artes, os mitos e as realidades simbólicas de toda humanidade, toda cultura e toda civilização. Abrir-se a essas imagens e traduzi-las em palavras e poesias que iluminem, esclareçam e enriqueçam nosso cotidiano é a arte que Caetano nos traz como oferenda.Ana Battaglin