O livro traz o estudo e análise das práticas e posturas abusivas do poder dominante, direcionados aos ''sujeitos Indesejáveis'' e ao tipo de ideologia que as permeia, considerados pela autora algo muito próximo à ideologia nazifascista. Dados e ampla pesquisa empírica amparam a analogia que é feita entre as práticas e as três fases do nazismo. Tais práticas estão presentes nas ações arbitrárias e violentas do Estado junto aos indesejáveis, e na visão da sociedade sobre este grupo social. Tema muito atual, conflui com o avanço das forças retrógradas e de exceção da história recente deste país.Este livro defende que na atualidade existe um tipo de ideologia muito próxima ao que foi a ideologia nazifascista da Alemanha do Terceiro Reich,que perpassa esta sociedade, ora oculta, ora manifestada, principalmente nas práticas abusivas e posturas do poder dominante direcionada aos ''sujeitos Indesejáveis'', grupo social composto pelas crianças e adolescentes em situação de rua, as provenientes das favelas e periferias, bem como os adolescentes autores de ato infracional que são encarcerados, e os que são alvo da violência letal do Estado do Rio de Janeiro, em sua maioria, negros e pobres. É estabelecida uma analogia entre as trêssoluções/fases do nazismo para a questão dos judeus e outros grupos indesejáveis com as três práticas adotadas pelo poder dominante do Rio de Janeiro: (1ª) Prática: Recolhimento / Expulsão; (2ª) Prática: Encarceramento / Concentração; (3ª) Prática:Assassinato / Homicídio. O modo de produção capitalista tem contribuído com o agravamento desta situação, estabelecendo padrões de desigualdade e exclusão desse segmento do processo produtivo.