A obra parte da pedagogia de Jesus, toda voltada para o ensinar a viver. Seu grande propósito consistiu em encaminhar o ser humano para a plenitude, fazendo ver que a chave está na tomada de consciência enquanto pessoa humana, na adoção de princípios mínimos de vida, na paz interior, na serenidade, prudência, na prática da justiça, na vivência da liberdade e no conseguir estar acima dos objetos, dos desejos e dos apegos. Numa palavra, colocar o Espírito acima da matéria.Procurando uma perspectiva de conjunto, o autor dá ênfase à alegria, como característica que deve distinguir todo mestre, não apenas em seu desempenho profissional, mas em toda a sua vida, de forma permanente. É indispensável que esta alegria alimente a satisfação de viver uma vocação, mais do que um ofício, embora a alegria do mestre se sustente também na satisfação de ver seus alunos usufruindo a aprendizagem, compreendendo, assimilando e progredindo.Em terceiro lugar, a obra faz ver que a alegria de um mestre se fundamenta nas variáveis da ética, responsabilidade e compromisso, analisadas de forma original e criativa. Responsabilidade e compromisso que o levam a hipotecar seu futuro com o futuro dos alunos que estão sob sua tutela.Só então o autor elabora um discurso metodológico e didático, no sentido habitual do termo, em vista da formação em ética e em valores, gerando um ambiente axiológico que tenda ao desenvolvimento de competências válidas para assumir a vida como pessoas com valores humanos autênticos.Conclui com a significativa mensagem de Gandhi: "Eu não tenho mensagens, minha mensagem é minha vida". O exercício do magistério tem assim algo da função de genitores.