Conseguirá o Cristianismo, nesta época de descrença, mover ainda o coração dos seus contemporâneos? Timothy Radcliffe responde nesta obra que apenas uma «imaginação cristã» é capaz de resgatar a vida real em plenitude, e o Prefácio do padre José Frazão Correia permite um aprofundamento, uma chave de leitura, da visão de Radcliffe.Recordando o caminho de Jesus para Jerusalém, o autor convida-nos a refazê-lo no nosso quotidiano e a descobrir como essa «imaginação» age: pelo olhar dos discípulos,vemos primeiro como Jesus cura, oferecendo um perdão sem medida; como, diante da morte, ensina o que significa viver em Deus e, por fim, como num sepulcro vazio nos deixou essa «vida em abundância».Radcliffe tanto convoca experiências pessoais comotestemunhos de todos (crentes e não crentes) os que vislumbraram a beleza do apelo a essa plenitude - poetas, pintores, romancistas - pois «nada do que é humano é alheio a Cristo». O grande obstáculo moderno à «imaginação cristã» não é o ateísmo secular, mas a sua pobreza e banalidade.Apenas uma vívida «imaginação cristã» conseguirá, enfim, reabrir o mundo à transcendência e ao sentido último da aventura de ser filho de Deus.