Raul Borges Guimarães, com seu olhar atento e crítico, se mostra um guardião de memórias coletivas. Mergulhando no universo de lembranças da infância e da juventude, em vivências intergeracionais e em acontecimentos singulares ou históricos, exala em suas crônicas lugares que habitam em nós e necessitamos explorar. Reflexões pontuais apontam rizomas universais que envolvem ancestralidades, mitologias, o cuidado com o meio ambiente, as artes, a literatura e várias outras vertentes da vida que tanto fazem falta para a construção permanente de nossa subjetividade e vida saudável, com tomada de consciência sobre as ideias e valores que nos rodeiam. Fragmentos do cotidiano se transformam em críticas sociais e vivências históricas. E mais: ainda nos instiga a ler o mundo percebendo a força da linguagem e das relações sociais de alteridade, nas quais eu sou você em mim. Enfim, nas crônicas deste livro o tempo tem gosto, tem aroma e não é linear. O tempo não para. Não há presente, passado e futuro: tempo é memória e memória é tempo. Convido você, leitor, a mergulhar nestas belas páginas que nos alimentam e perceber que são as coisas simples que nos fazem ver a beleza efêmera da vida.
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