A consagração secular é um dom, um presente do Pai, um dos canais de evangelização, uma das possibilidades de a Igreja estar presente no mundo. Consagrados e consagradas seculares vão ao encontro das múltiplas realidades, no mundo do trabalho, da cultura, da economia e da política..., onde as pessoas vivem, moram e atuam, e aí buscam testemunhar as razões de sua fé e de sua esperança. Os Institutos Seculares são pouco conhecidos e reconhecidos, tanto por razões sociológicas quanto eclesiológicas. Diante disso, algumas perguntas se colocam. Qual é o sentido da consagração secular numa sociedade líquida ou à deriva? De que forma cada gesto e atitude do consagrado e da consagrada secular pode ajudar a descobrir a presença do Pai e apontar para ela? De que forma a inserção sociopolítica dos consagrados e consagradas seculares pode ajudar a Igreja a se manter reconhecida como uma comunidade moral dotada de autoridade, com algo a dizer para o mundo? São questões que percorrem nossas reflexões e, para elas, temos apenas ponderações e problematizações, a par com a convicção de que devemos perscrutar a presença de Deus na história e em nossa caminhada cotidiana.