Na tradição hindu, Shiva possui dois aspectos: é o destruidor, mas também o criador, pois destrói para construir o novo. Arquétipo da totalidade, portador do bem e do mal, ao dançar Shiva destrói o Universo, que simultaneamente renasce. Em A Dança de Shiva, Ricardo Pires de Souza esboça uma cosmogonia que tenta apreender os movimentos do Universo na perpétua convivência entre nascimento e morte, individual e coletivo, luz e trevas.