A campanha abolicionista de 1875 foi o pano de fundo perfeito para a publicação de A escrava Isaura. A obra narra as muitas desventuras de uma escrava branca, bela e de caráter nobre, que vive sob o jugo de um luxurioso e cruel senhor. O romance - que apregoa as ideias antiescravagistas e libertárias por meio do discurso romântico - foi um grande sucesso editorial, conquistando a imaginação popular ante as situações intoleráveis do cativeiro e transformando Bernardo Guimarães em um dos mais populares romancistas de sua época no Brasil. Além de discutir questões relevantes à sociedade brasileira do século XIX, "A escrava Isaura" ajudou a construir a identidade nacional do país recém-independente, mantendo-se como um clássico de leitura imperdível.