O título deste livro prende-se com o grupo de operários que, na parábola evangélica (Mt 20, 5), foram trabalhar na vinha à hora sexta, ao meio-dia: nem às primeiras luzes do dia, nem quando já se insinuava o crepúsculo. A eles se dedica um dos capítulos, destinado a ressaltar a importância dos que não podem reivindicar o protagonismo de terem sido os que mais trabalharam, nem orgulhar-se da magnanimidade com que foram pagos os contratados ao cair do dia.Desses operários do meio, quase nada se sabe, a não ser que ficaram na sombra. No entanto, aí estão eles: onde e quando deviam estar. Figuras como a desses operários do meio, como José de Arimateia e Nicodemos, Barnabé e Ananias, ou o irmão mais velho do filho pródigo, constituem um estímulo para os que têm uma vida sem brilho e passam despercebidos aos olhos do mundo, mas são fecundos aos olhos de Deus.Afinal, como bem esclarecem estas páginas, não se deve confundir os homens comuns com os homens medíocres.