Poucos livros religiosos foram tão influentes em nosso tempoquanto A montanha dos sete patamares. Não à toa, foi conside-rado as Confissões do século XX, em elogiosa referência àquelaque talvez seja a obra de espiritualidade mais famosa do Ociden-te, escrita por Santo Agostinho. E a comparação procede: nestaspáginas redigidas com uma sinceridade ímpar, e que já tocaram avida de milhões de pessoas - entre elas artistas, escritores, inte-lectuais e religiosos das mais diversas culturas -, encontramos oextraordinário testamento espiritual de um jovem que, após mer-gulhar nas ambições que o mundo lhe propunha, descobriu quenada do que fosse mundano seria capaz de saciar seu coração. Defato, apesar de ter diante dos olhos a possibilidade de uma vidaintelectual e social bem-sucedida, Thomas Merton encontrousua verdadeira vocação no silêncio e na vida contemplativa deum mosteiro trapista no interior dos Estados Unidos. Com estaobra de beleza incomparável, podemos compreender como nasceuo "fenômeno Thomas Merton" em todo o mundo, bem como o mo-tivo pelo qual, setenta anos depois de seu lan-çamento, A montanha dos sete patamaresainda comove tantas almas.