Estamos certamente numa época chave. Nestes últimos decênios aconteceu uma verdadeira mutação na sociedade: a condição da mulher mudou consideravelmente. Esta evolução abriu-lhe portas até então inacessíveis e em muitos campos ela pôde enfim demonstrar sua competência. Entretanto, esta libertação no nível do "agir" não parece ter resolvido seus problemas profundos, e se, exteriormente, ela aparece mais livre e senhora de seu destino, isso muitas vezes pode ser uma fachada que esconde uma angústia existencial. Crendo dever desvencilhar-se da dominação do homem, ela assume estilos masculinos, em detrimento de sua própria feminilidade, abdicando de sua profundíssima natureza.Reencontra-se assim mais só e vulnerável, em situações inextricáveis que a mergulham numa grande angústia.Num mundo desorientado e em busca do "sentido", precisei retornar às fontes, interrogar as Escrituras, para tentar compreender o que nos diz a Palavra de Deus sobre o sentido da vida, do sofrimento e da morte.Percebi então a grandeza do papel da mulher e a urgência humana de que ela reencontre sua identidade e seu lugar no plano de Deus, a fim de que o homem também reencontre a sua, e juntos possam colaborar para a vinda de seu Reino.