As vezes se pensa que as conferências, a formação ética, a difusão de certos valores baste para fazer os cristãos. Mas a frustração que deriva disso dever ter convencido há muito tempo que a questão é viver a vida recebida no batismo. Não se pode, na vida velha, construir a vida nova. Por isso uma dimensão fundamental da vida cristã é o sacramento da reconciliação, que os antigos chamam também "irmã do batismo", com o qual são curadas as traições ao dom recebido e somos regenerados à vida. Este livro é uma abordagem original à reconciliação, não porque o autor apresente uma visão sua, mas porque - cavando na tradição de todas as Igreja cristãs -, estrutura o tema de um modo hoje não usual. Há décadas, de fato, a reflexão (a correspondente prática) sobre a reconciliação se concentrou exclusivamente sobre alguns aspectos às custas de uma visão de conjunto. Pela memória da sabedoria penitencial da tradição cristã do Oriente e do Ocidente e na atenção às exigências espirituais do homem moderno, emergem algumas indicações sobre como o coração se torna penitente e cura das feridas do pecado, e sobre como hoje se podem celebrar, com estilo renovado, a confissão pessoal e a reconciliação comunitária.