Páginas Iniciais. Este livro aborda o movimento fragmentário que marca a segunda metade do século XIX e as primeiras décadas do século XX. Suas raízes remontam ao romantismo do século XIX como movimento intelectual que valoriza a vida subjetiva. Seus ecos serão ainda encontrados na New Age, na revolta de 1968 e no movimento ecológico dos nossos dias. Trata-se da busca de outra modernidade, diferente daquela proposta pela razão instrumental de diversas orientações ideológicas, da busca de uma renovação da totalidade da forma de viver, capaz de reconciliar homem e natureza, opondo-se aos "prejuízos trazidos pela civilização moderna", pela urbanização e pelos riscos da tecnologia.O culto do natural é contra o representativo e visa a Saúde Perfeita. Sob o impacto da cultura hindu (e, portanto, a homeopatia), a Alemanha descobre o valor da alimentação natural e valoriza a Naturheilkunde, a vida ao ar livre, o nudismo, a liberdade sexual, a liberação feminina, o exercício físico, o movimento e a dança moderna - recusa os constrangimentos ao corpo. Valoriza a cultura popular e a estética do cotidiano - levando à fusão do belo com o útil na arquitetura, nos móveis e em tudo aquilo de que nos servimos no dia a dia.Ao buscar outra modernidade a Reforma da Vida se desdobra também como revolta contra as condições de vida impostas aos trabalhadores pela revolução industrial e busca uma Terceira Via para maior igualdade, liberdade para pensar e preservação da natureza.