A despeito do candente desejo por dialogar com a igreja de seu país, a obra de Elisabeth tem potência para alcançar ainda a outras e outros. Não bastassem os apanhados históricos acerca do matriarcado e patriarcado ofertados e que tanto auxiliam na discussão acerca das imagens divinas, suas intuições sobre o amor próprio nos brindam com contribuições inigualáveis para a correção da dicotomia que segue devastando as várias construções teológicas. A antropologia, hamartiologia, soteriologia e ainda, escatologia são apenas algumas das áreas afetadas pelas percepções que Elisabeth ventila. Você, pessoa leitora, tem diante de si um mapa rumo a novo deleitar teológico, mas sobretudo, testemunhará dos momentos que constituem uma trajetória e vocação digna de consideração. Insistindo em semear contra toda esperança, Elisabeth Moltmann-Wendel deixa colheita a ser ainda contabilizada na eternidade.