O nome do professor Adib Jatene ainda vive em nossa memória coletiva. Alguns se lembrarão dele apenas como o criador da CPMF - na verdade, ele adaptou um imposto existente na intenção de viabilizar o SUS -, outros como um exímio cirurgião, mas em qualquer situação seu nome evoca credibilidade. Basta lembrar que, durante a pandemia pelo novo coronavírus, seis anos depois de sua morte, entre tantas notícias falsas, feitas com algumas pitadas de verdade e informações mentirosas, chegou a circular um vídeo com a opinião de um deputado federal a quem falsamente era atribuído o nome de Jatene. Para se fazer sinônimo de confiabilidade, Adib investiu uma vida. Foi por toda a carreira um funcionário público preocupado em devolver à sociedade todo oinvestimento e confiança recebidos desde o curso de Medicina, feito na Universidade de São Paulo, até os cargos que ocupou em outras instituições públicas. Durante os estudos, tinha a meta de retornar e trabalhar em seu estado de origem, o Acre, devido à frágil saúde pública do lugar. Mas o encontro com o professor Euryclides de Jesus Zerbini mudou os rumos de sua vida e, de certa forma, da cirurgia cardíaca mundial