"As histórias contadas neste livro-reportagem não são passado. Nem suas dores e traumas passaram, nem a enchente de 2024 permanecerá como um acontecimento isolado no tempo como foi a de 1941. A memória aqui precisa mover uma força ainda maior do que a das águas para nos prepararmos para as outras inundações que virão pelas mãos de uma minoria de humanos que destruiu e segue destruindo a Natureza. A memória deve se tornar instrumento para barrar os saqueadores da vida, para proteger o que resta dos biomas, para replantar o que foi arrancado. Os testemunhos deste livro provam que ainda somos capazes de fazer comunidade e de conjugar verbos no plural. São uma inspiração para que os coletivos que irromperam na tragédia se mobilizem para um futuro onde seja possível viver." - Eliane Brum