A Cultura de Paz é uma expressão da realidade do Reino de Deus, que se apresenta como um compromisso vital de cada cristão agrupado em suas comunidades. Sem a compreensão desse fato e a mudança de comportamento, será impossível sinalizá-la e abraçá-la como ideal manifestado em Jesus Cristo e assimilado por Sua Igreja. A expansão do Reino começa a partir de uma atitude pessoal que pode ser refletida, posteriormente, em diversos campos da vida: no meio ambiente, na sociedade, na saúde coletiva, dentre outros. Essa responsabilidade se fortalece a partir da crescente visão da interdependência eclesial e da responsabilidade universal pela construção de um novo mundo. Num tempo em que nos preparamos para a Jornada Mundial da Juventude com o Santo Padre, aqui no Rio de Janeiro, percebemos que os jovens têm sido as maiores vítimas dos problemas sociais, políticos e ambientais, que se acumulam desde o surgimento do capitalismo. Essa situação mostra a grande urgência na tarefa que temos como discípulos e missionários do Senhor Jesus Cristo, a saber, ir mais alem de um seguimento meramente sentimental, atingindo e transformando esses padrões que promovem tanto a exclusão quanto a morte. Devemos, portanto, como cristãos, nos empenhar em prevenir situações que possam ameaçar a paz e a segurança, tais como o desrespeito aos direitos humanos, a discriminação e a intolerância, a exclusão social, a pobreza extrema e degradação ambiental, utilizando como principal ferramentas a conscientização, a educação e a promoção dos princípios norteadores do Reino de Deus em que tanto acreditamos: tolerância, solidariedade, respeito a vida e aos direitos individual, ao pluralismo e o desenvolvimento sustentável. Estaríamos beirando a blasfêmia, apoiando-nos em discursos vazios para apaziguar os sofridos, falando chavões sobre a Providencia de Deus, enquanto apoiamos e mergulhamos nos valores materialistas da sociedade vigente, sem notar que essa mesma sociedade e a negação de tudo o que a Revelação Divina nos propõe como seguimento a Jesus de Nazaré. Mas, se nos envolvermos na criação de um mundo ou de uma comunidade que viva os valores do Reino e a justiça de Deus, então teremos na solidariedade a garantia de que todos tenham pelo menos o mínimo, para levar uma vida digna de filhos e filhas de Deus. Dito tudo isso, agradecemos ao Deputado Estadual, Robson Leite que, sempre sensível a essas questões inerentes ao discipulado, nos oferece, nessa obra "Cidadania de 'A' a '