"Amor e Exílio" marca o retorno de uma escrita que se move entre rigor formal e afeto, entre o gesto e a palavra. Do soneto ao verso solto, do humor à memória, cada poema reflete uma relação íntima com a linguagem. Este livro não exige manuais, apenas tempo: para escutar o que há de mais simples e intenso na experiência humana - o instante em que o amor respira, a ausência se faz presença, e o exílio interior se revela como abismo e vertigem."Amor e Exílio" é um livro de tensões e claridades. Seus poemas transitam entre o rigor da forma e a liberdade do gesto, sempre movidos pela inquietação de quem busca nomear o instante. Aqui, a lírica não se acomoda em certezas: prefere a fresta, o deslocamento, a ironia. Há poemas que se abrem como bilhetes, outros que se constroem com a paciência do artesão. Alguns trazem humor, outros descem às regiões mais íntimas da memória; todos partem de uma mesma convicção: a poesia não é ornamento, mas presença - um modo de respirar o mundo. Ausência e desejo, corpo e silêncio, espanto e lembrança se cruzam em versos que não pedem chave de leitura, apenas atenção e disponibilidade. É poesia pura para ser lida como quem abre uma janela: de repente, tudo se torna próximo, intenso, vivo.