O universo das artes de curar sempre fez parte das relações estabelecidas entre os homens e a vida que o cerca, a partir de práticas e representações que buscam conter os sofrimentos e dirimir as dores do corpo e da alma. Acompanhar historicamente como se deram tais contextos é o convite para a leitura dessa coletânea.O livro apresenta um panorama dos estudos atuais sobre as artes de curar no Brasil, enriquecido com análises que abrangem a Argentina e a Península Ibérica. Os estudos que compõem este livro sobre as artes de curar contribuem para a ampliação e o aprofundamento das análises sobre o tema ao demonstrarem que as pessoas que exerciam as diversas artes de curar sem formação acadêmica não possuíam um perfil único e homogêneo. Curandeiros, parteiras, sangradores sãoexemplos de ofícios que abrigam atuações e formações baseadas mais ou menos nas tradições africanas, indígenas ou europeias.Contemplando as circularidades e a repressão que acompanham as artes de curar, a leitura dos capítulos é um convite arefletirmos sobre a importância dessas práticas e ofícios de cura para a saúde das populações ao longo do tempo e paracompreendermos melhor a própria história da saúde.ANDRÉ MOTApossui doutorado em História pelo Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. É professor associado do Departarmento de Medicina Preventiva - FMUSP e Coordenador do Museu Histórico - FMUSPTÂNIA SALGADO PIMENTApossui doutorado e mestrado em História pela Universidade Estadual de Campinas e bacharelado e licenciatura em História pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. É pesquisadora do Departamento de Pesquisa da Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz e Professora do Programa de Pós-Graduação em História das Ciências e da Saúde da mesma instituição.É bolsista de produtividade do CNPq.