A ingenuidade da narrativa do Gênesis foi distorcida, e a Bíblia se tornou alvo dos ataques mais violentos.Essa interpretação excessivamente enfática do primeiro capítulo de Gênesis tem origem em uma suposta falácia. Imaginou-se que Moisés queria dizer tudo sobre as origens do mundo; e, para encontrar na Bíblia o que ela não contém, não se hesitou em fazer violência a ela. Eles exageraram o significado da palavra "início", que é indefinida no texto, e a fizeram significar "no início" do tempo,"no início" de todas as coisas. A palavra BARA não significa "tirar do nada"; em vez disso, significa "transformar, organizar". No entanto, acredita-se que a Bíblia esteja afirmando aqui a criação primitiva, a criação ex nihilo. O significado das palavras "céus, terra, sem forma, luz, dias, etc.," também foi arbitrariamente modificado. A fim de moldar o texto às suas idéias, os comentaristas freqüentemente atribuíram às passagens mais claras do primeiro capítulo da Bíblia um significado forçadoou obviamente falso, desconsiderando o significado literal.Agora, é precisamente por interpretações desse tipo, tiradas fora do texto, que o Gênesis é atacado. Ao exagerar o relato bíblico, os comentaristas o comprometeram. Em seus esforços para introduzir o máximo possível no texto, eles forçaram a questão. Isso é um erro: o exagero é um dos grandes flagelos da apologética.É verdade que a Bíblia lança luz sobre uma certa organização da terra, bem como sobre a formação e a origem real da atualraça humana. Mas os intérpretes do primeiro capítulo de Gênesis estão equivocados quando apresentam essas páginas inspiradas como a solução de todas as questões interessantes que estão fora da narrativa e que a ciência contemporânea tem abordado.