ATÉ QUE A MORTE OS SEPARE: CONSIDERAÇÕES DE UMA TERAPEUTA OCUPACIONAL SOBRE OS CÔNJUGES CUIDADORES DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA, O COTIDIANO E A VIOLÊNCIA DE GÊNERO
ATÉ QUE A MORTE OS SEPARE: CONSIDERAÇÕES DE UMA TERAPEUTA OCUPACIONAL SOBRE OS CÔNJUGES CUIDADORES DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA, O COTIDIANO E A VIOLÊNCIA DE GÊNERO
Seguindo por um caminho que transita entre a cultura popular -- músicas, filmes, literatura -, textos teóricos das ciênciashumanas, sociais e da saúde, este livro parte de intrigantes histórias reais de mulheres e homens cuidadores de cônjuges comdeficiência para pensar o que é cuidar, as diferenças do cuidado ofertado ou realizado por figuras masculinas e femininas e como fica este cuidado quando a violência está presente no cotidiano. Também são tecidas provocações sobre o papel de profissionais e serviços de saúde, bem como sobre as políticas públicas na produção de cuidado para esta população. Se você, assim como eu gosta de histórias, e de uma leitura que traz mais pontos de interrogação do que pontos finais, espero-o(a) na página 1!O livro busca promover uma reflexão sobre o cuidado, a quem ele é tradicionalmente ofertado nas sociedades capitalistas ocidentais e quem é responsável por realizá-lo, identificando os contrastes entre o cuidado produzido ou destinado a figuras femininas e masculinas. Ao mesmo tempo, há uma tentativa de compreender a relação entre cuidado e violência - enquanto conceitos que são produzidos em uma esfera teórica e de eventos extraordinários, mas também em uma esfera de eventos ordinários e cotidianos. É analisada, particularmente, a condição de cônjuges cuidadores(as) que prestam cuidados a seus parceiros(as) íntimos(as) que por razões diversas vivem situações de incapacidades e deficiência associadas à violência cotidiana (tanto a perpetrada por cuidadores, quanto a perpetrada pelas pessoas cuidadas). Os capítulos provocam o leitor a refletir sobre as seguintes questões: É possível cuidar quando há violência? Por que se cuida de alguém que é um violentador? Violentadores podem cuidar? Qual o papel dos profissionais, serviços de saúde e políticas públicas nestas situações?