Uma sucessão vertiginosa de grandes acontecimentos. Assim se dá o terceiro romance de Celso Viáfora, Balada do tempo inacabado. Começa e segue arrebatado, a caminhar pelo tempo de um grande amor - o tempo e o contratempo. Vitórias e desastres, o Brasil de Tancredo aos anos 2020, a música, o Chile de Pinochet a Piñera, o grande festival, a mesquinhez do cotidiano, a crueza da vida e o destino dos sonhos, desencontros, o trágico sismo de 1985, procuras e perdas, o liberalismo econômico da escola de Chicago, o povo na rua, a insurreição dos estudantes, a pandemia e o medo; quase trinta e cinco anos de América Latina como pano de fundo para as profundezas de um grande amor. Amor de olhar para si mesmos e um pouco se envergonhar de "tanta intensidade, demasia, eloquência: tudo tão brega, piegas, quase vexatório e maravilhoso". O romance de duas vidas, onde tempo nenhum acaba: reinicia.