Este pequeno, provocativo e delicioso livro é um convite a que o leitor adentre o mundo das bibliotecas para explorar suas relações - as reais e as possíveis - com o universo ao redor. Empregando um olhar crítico (estimulado sobretudo, mas não apenas, por Michel Foucault), a obra escancara as relações de poder que estão à sombra de todo serviço de controle de informação, e aponta para o compromisso ético-estético-político que o conhecimento desse dinamismo demanda. Os 22 capítulos, que podem serlidos como textos independentes, são em sua maioria crônicas-manifestos que respondem a dados ou acontecimentos reais, relevantes para a prática da biblioteconomia no país. Políticas de acessibilidade, medição de índices de leitura, tendências tecnológicas, estereótipos que cobrem os bibliotecários, leis de acesso à cultura - estes são alguns dos inúmeros temas brilhantemente desdobrados aqui. Escritos em primeira pessoa e mesclados com abundantes citações da literatura e do pensamento teóric