Os poemas deste livro cantam as coisas do campo: espantalho, boiadeiro, boi, bezerro, cavalo, flores, abelhas, curral, ovelhas, pitanga, milho, floresta e festa de São João. É como se a Ruth Rocha pegasse uma viola caipira e começasse a rimar sob o luar do sertão. É lindo. E toca fundo no coração da gente. Pois, como observa Carlos Moraes no texto de apresentação, “nalgum canto da alma, somos todos rurais”.Num país onde as tradições são esquecidas e numa época em que a natureza corre o risco de ser completamente destruída pelo homem, os versos singelos e caprichados de Boi, boiada, boiadeiro ganham uma força extraordinária. Essa força se chama poesia.