O sintoma, por oposição ao símbolo, nos diz de uma resistência à interpretação que é também um salto à poesia como reinvenção da linguagem. E reinventar a linguagem é reinventar muita coisa mais. Se a poesia, por um lado, é a arte que nos leva a constatar, sempre de novo, que ainda não há povo e ainda não há língua, que talvez nunca haja povo nem língua, que povo e língua são fundamentos faltantes para a fala de cada um (e, no entanto, se fala...), por outro, é também o experimento que nos permite criar, a um só tempo, um povo para uma língua e uma língua para um povo; ou antes: muitos povos para muitas línguas, todos os povos, todas as línguas.
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