Vim ao mundo a passeio, não em viagem de negócios', costumava dizer Carlito Maia. Irreverente, radical, moleque, gentil e, sobretudo, 'solidário como uma floresta', Carlito era desses sujeitos - cada vez mais raros - que jamais separam trabalho deconvicção política. Militante petista atípico (criou slogans como oPTei, Lula-lá e Sem medo de ser feliz, mas não se filiou ao partido), nunca foi devoto da neutralidade e fazia questão de afirmar ser avesso a concessões: 'Podem não publicar tudo oque escrevo, mas ninguém vai me obrigar a escrever o que não penso'. Entre suas máximas (ou mínimas?) estavam: 'Evite acidentes: faça tudo de propósito' e 'Uma vida não é nada. Com coragem, pode ser muito'.São dele também expressões como 'Tremendão', 'Ternurinha' e 'Jovem Guarda' - esta inspirada num texto de Lenin em que se referia ao proletariado como 'a jovem guarda a quem o futuro pertence' -, além de ser atribuída a Carlito a paternidade da expressão 'É uma brasa, mora!', us