A mulher, em nome da libertação do domínio do homem, não pode tender à apropriação das características masculinas contrárias à sua feminina originalidade. Existe o temor fundado de que por esse caminho a mulher não se realize, mas possa, em vez disso, deformar e perder aquilo que constitui a sua riqueza essencial. Na descrição bíblica, a exclamação do primeiro homem à vista da mulher criada é de admiração e de encanto. Os recursos próprios da feminilidade certamente não são menores do que os damasculinidade, mas são diversos. A mulher, portanto, como o homem, deve entender a sua realização como pessoa, a sua dignidade e vocação, em função desses recursos, segundo a riqueza da feminilidade que ela recebeu no dia da Criação e que herda comosua expressão peculiar da imagem e semelhança de Deus.