"Três nomes eu recebi: Henrietta Alexia Cesárea. Os dois primeiros vieram dele, e o último, do corte que me arrancou da escuridão."Suécia, século XIX. Na mansão de uma propriedade rural afastada, Cesárea toca piano, estuda botânica, brinca no jardim e aguarda paciente as visitas de dr. Eldh. Primeiro bebê nascido de uma cesariana realizada pelas mãos do médico, ela é mantida sob sua tutela, como um troféu.Estações do ano se alternam, e Cesárea cresce apartada do mundo exterior, restrita ao que alcança a corda amarrada em sua cintura: os criados, os animais, a paisagem da fazenda.Como em um conto de fadas sombrio, a violência e o controle sobre o corpo das mulheres se perpetuam - da mesa de cirurgia ao confinamento doméstico, do abuso psicológico à desumanização absoluta -, presos por um cordão umbilical que custa a se romper.
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