A prática não é apenas o que se vive e se apreende diretamente pelos sentidos, mas para além disso é também o que se interpreta, se desconstrói e reconstrói e aquilo que é não-dito, não posto de modo sentencial pela linguagem comum. Considerando a pastoral como uma unidade de pensamento e ação, ou seja, uma práxis, então para lidar com a mesma é preciso ampliar a percepção e a reflexão, de modo a ter o agir como ação efetivamente transformadora. A pretensão descolonial de abordagem da realidadeé um caminho de busca e inquirições que auxiliam na compreensão da ação e dos seus limites, recorrendo à utopia como recurso epistemológico imprescindível. Este texto aborda algumas chaves descoloniais que podem ser deveras úteis para uma prática pastoral que se queira efetiva na existência humana e eclesial. O horizonte último de sentido que é o Reino de Deus é o elemento transcendental que pleiteia uma ação honesta e ciente dos limites para o agente pastoral.