Este livro tem uma história que precisa ser contada, com a devida permissão dos organizadores. Publicado em 2025 para celebrar os 125 anos da Fundação Oswaldo Cruz, sua concepção nos remete à celebração dos 120 anos e a perguntas que permanecem válidas: por que e como celebrar 120 ou 125 anos de história? Qual a melhor maneira de a instituição marcar tais efemérides? Quando mirávamos 2020, as inúmeras ideias, desejos, sonhos e projetos que povoaram nossas mentes durante o ano de 2019 foram em dado momento consolidados em um programa de comemorações que ocorreria no ano seguinte. Entre as linhas que deveriam orientar a instituição, destacava-se a importância de a Fiocruz preparar-se para os desafios das próximas décadas de forma a contribuir para a sociedade como uma agência estratégica do Estado para a ciência, tecnologia, inovação, base da sustentabilidade do Sistema Único de Saúde (SUS) e da perspectiva global do desenvolvimento sustentável. Foi nesse ambiente de compromisso com o sistema público de ciência, tecnologia e saúde e o olhar voltado para os desafios do presente e do futuro que acompanhamos as primeiras notícias, em janeiro de 2020, da Organização Mundial da Saúde (OMS), que chamou a atenção das autoridades para o surto de um novo coronavírus e em março do mesmo ano declarou como pandemia a covid-19, termo usado para a doença clínica causada pelo Sars-CoV-2. O rápido aumento de casos em escala global desencadeou uma crise sanitária de grandes proporções e a busca pela contenção do vírus e medidas para evitar sua propagação. O mundo se viu diante de um desafio sem precedentes, havia pelo menos um século, desde a gripe espanhola de 1918. Uma intensa e grave crise sanitária e humanitária global alcançou nossas vidas e nossos laços coletivos, familiares e sociais. O medo e a perda tornaram-se companheiros do cotidiano, e a urgência em salvar vidas, nossa missão.