´The Lady from Shangai´ (1948), ´Blade Runner´ (1982) e ´The Public Eye´ (1992) são os três filmes do núcleo deste livro. Juntando os fragmentos, os indícios na busca da revelação do que se esconde, apresentam semelhantes processamentos de linguagem.Nessa cadeia de significações, chega-se ao outro, o espelho sígnico, resgatando as conotações e ambiguidades que a estética de sombra e luzes do noir propicia. Espelho e fotografia (dois modos de parar o tempo) são metáforas da reflexão crítica, da´pensatividade´. A fotografia, com o congelamento das imagens, rompe a velocidade do tempo. O espelho cria duplicatas, fragmentações. Através desses dois elementos estéticos, esse livro discute questões ligadas ao tempo, ao espaço e a representação.Numa abordagem metalinguística e intertextual, este trabalho procura dialogar com as artes pictóricas, a literatura, a fotografia, o cinema e o universo fílmico, pensando as imagens num processo relacional, em constante atualização e espelhamento.