Circenses narra, com lirismo, humor e rigor de pesquisa, a saga de uma família judaica que atravessa gerações, perseguições e reinvenções. Das vilas da Polônia aos circos, dos dramas da Shoá às tensões contemporâneas, os autores Jacques Fux e Gerson Mazer entrelaçam memória e ficção em um espetáculo literário que transforma dor em poesia e resistência em esperança. Uma celebração da tradição judaica e da capacidade humana de recriar vida mesmo diante da adversidade."Os acrobatas desafiam as perseguições do passado e a imposição da gravidade. Lançam-se ao ar com graça sobrenatural, deslizam e se equilibram por entre as teias do fracasso e do destino. Seus movimentos, mais do que simples acrobacias, formam uma dança entre o céu e a terra que evoca o passado e sustenta o presente. Tranças, traços, mantos, solidéus e fitas expõem seus sofrimentos. Fortes e decididos, impõem-se ante a violência, mas se deixam levar por comandos invisíveis. Revivem e recriam tradições enquanto traçam arcos no firmamento.O clown, apesar de sua melancolia, é o guardião do riso que transforma a dor em gargalhada e as lágrimas em esperança. O mímico, com toda a destreza, satiriza os gestos de seus perpetradores, imitando e reproduzindo ironicamente fragilidades e preconceitos. É ovacionado assim como o equilibrista, que mesmo eternamente desequilibrado e apunhalado por déspotas, loucos e bárbaros, segue flanando pelos fios da História.Surgem então o ilusionista e o hipnólogo convencendo o público que as falhas, faltas e crenças são disfarces das suas angústias e do sofrimento. Sofrimento quase invisível do contorcionista, que cria gestos, contorna dilemas e concebe artes e artifícios."
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