Começaremos hoje com o caso. Não se trata de uma paciente que sofre uma neurose grave, mas, a meu juízo, de alguém a quem não é fácil analisar. Nem sempre a gravidade e a dificuldade analítica são solidárias. Esta forma de apresentação, que é relativamente frequente, cria nos analistas, ao menos em minha experiência, certa sensação de impotência e de impaciência. Não se deve confundir esses sentimentos com a impossibilidade lógica de uma análise, porque só podemos falar de inalisabilidade quandonos encontramos um obstáculo no nível lógico, não quando encontramos um obstáculo no nível da impotência ou da impaciência.