Desde suas origens, a vida da comunidade cristã se desenrolou em meio às práticas e aos ritos que eram expressão de sua fidelidade a Deus, que se manifestara em Jesus, confirmando-o com sua ressurreição. No centro, portanto, da vida, estava a memória da Páscoa. Com o tempo, inspirando-se na narrativa evangélica das tentações de Jesus, reservaram-se os quarenta dias que precediam a cruz e a ressurreição como um tempo de preparação para o batismo, que se conferia na páscoa, e, ao mesmo tempo, para o aprofundamento da fé, na oração, no jejum e na prática da caridade fraterna, em especial para com os pobres e os necessitados. Nasceu, assim, a quaresma./n