Não é fácil nem habitual falar do vínculo que existe entre vocação e cruz, entendida esta nas suas diferentes aceções, como luta ou sofrimento ou crise. Mas, se a cruz é parte da vida, se diz a "verdade" da história de cada criatura sem nenhuma exceção, se indica a plenitude e qualidade do amor, então qualquer discurso sobre o futuro da existência, sobre o projeto individual, sobre a orientação que é preciso dar à vida, não pode prescindir da consideração do mistério da cruz, com todo o seu dramatismo.» Nesta reflexão, A. Cencini apresenta uma «via crucis vocacional»: num primeiro momento, a cruz como «conteúdo» (o sentido do sofrimento na cultura atual); depois, a cruz como «método» (o sentido da cruz na história pessoal de cada vivente, enquanto chamado).