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Esta obra é o resultado de longos estudos sobre a relação entre mídia e religião, demonstrando que esse encontro gera consequências muito maiores e vai muito além da simples utilização dos veículos para a transmissão de mensagens religiosas.
O que se pretende aqui é analisar a construção de novas religiosidades na sociedade contemporânea a partir da interação com os processos midiáticos. Para isso, o autor visitou as raízes do fenômeno, examinando na primeira parte da obra, aquilo que se convencionou chamar "Igreja Eletrônica", na qual exerceram seu ministério muitos famosos tele-evangelistas a partir do final da década de 1950. A seguir, na segunda parte, ele propõe às Igrejas Cristãs a discussão acerca da comunicação como meio de evangelização, concluindo que, de modo geral, os meios são vistos apenas como dispositivos para potencializar o anúncio de sua mensagem ao mundo.
O tema interessa a todas as pessoas que estudam fenômenos comunicacionais ou que trabalham com comunicação, assim como às Igrejas de modo geral, pois o que se percebe é a realidade do mundo midiático está se impondo cada vez mais e dando origem à "Igreja Midiática", com uma nova ambiência e uma crescente institucionalização de práticas de religiosidade a partir de apropriação de referências e de operações que levam em conta o modo de existência da midiatização.
Trata-se de um tema interessante e atual, com nova abordagem e vasto campo de estudo no Brasil, já que se percebe que o campo religioso, ao lado do político, é o que mais se deixa contaminar por operações de mídia, ou delas faz uso, visando novas formas de reconhecimento por parte dos atores e das instituições sociais.