Nesse lugar-espaço da violência sacrificial, surpreendente, inexplicável e rude, mas que carrega em seu bojo, ao mesmo tempo, a solubilidade inigualável do sacrifício de Cristo, resiste uma teologia franca, que não escamoteia a crueldade das lágrimase do sofrimento, nem a chocante imagem vulnerável do Crucificado pregado, porque acredita que, sem ele, toda a fé cristã desaba e se esvazia; sem ele, nenhum falar de Deus seria possibilitado. Eis o marco niilista, por assim dizer, onde se encontrame de onde partem, tanto o pensamento de René Girard, quanto a teologia de Jürgen Moltmann.