"Quando Rubens Nery Costa me presenteou este seu romance policial, perguntei a mim mesmo por que ele enveredou por tal caminho, tendo sido sempre o poeta piauiense que escava poemas no âmago da alma nordestina, na trilha de Torquato Neto e João Cabral, que produz autos teatrais ao estilo de Ariano Suassuna e que nos faz escutar suas palavras com orelhas abertas. É preciso saber que de lá vem uma claridade indecente, o calor do asfalto parece suar e embaça o ar, transborda agonia. Sua-se com o ato de acender um cigarro; a cada novo pensamento; sua-se até com a vontade de nada fazer, um sentimento equatorial mais primitivo que a preguiça." PAULO BECKER