Quais são os vestígios suficientemente rígidos do escravismo para que o desenvolvimento do capitalismo em nosso país fosse estampado pelas "marcas do passado"? Através do materialismo histórico nacional e latino-americano, o autor busca responder a essa e outras questões, colaborando com os estudos acerca da passagem para o "trabalho livre" no Brasil. A partir de uma perspectiva que opera não somente por recortes políticos e jurídicos, privilegia, em seu lugar, a análise da prolongada transição entre modos de produção definidores do caráter da formação socioeconômica brasileira. Neste sentido, temas como ciclo do capital, caráter de classes do Estado, abolicionismo, reificação e alienação e industrialização e proletarização são revisitados à luz da compreensão de um período transicional entre o escravismo colonial e o capitalismo dependente.