Este livro mostra como Lévinas, tanto em Totalité et Infini como em Autrement qu'être ou au-delà de l'essence, apresenta a mesma concepção de subjectividade, «a passividade mais passiva de toda a passividade».Além disso, defende a tese de que a diferença de universo linguístico que se verifica entre as duas obras, não se deve a uma mudança do pensamento levinasiano, mas apenas ao modo de o exprimir: tendo o filósofo judeu reconhecido a incapacidade expressiva da linguagem grega para dizer essa passividade, numa caminhada lenta mas segura, foi abandonando o universo linguístico de Atenas e assumindo o de Jerusalém.