O livro que você tem nas mãos é um incentivo a pensar no que deu errado e no que pode dar muito certo quando pensamos em escola. Lugar privilegiado - único local para muitas das crianças e adolescentes do Brasil socializarem com seus pares -, a escola pode, e deve, se apresentar como uma porta aberta à participação da diversidade social. Abrir as portas da escola à vida e à diferença é mais do que uma possibilidade, uma necessidade diante das características que marcam o espaço frontalizado da sala de aula e os corpos docilizados de discentes e docentes, numa harmonia escolástica que dificulta o desenvolvimento integral dos indivíduos. Gláucia Ferreira nos desafia e incentiva a abrirmos as portas da escola e os nossos corações à complexidade das relações educativas na construção de uma educação humanizada e humanizadora, centrada nas necessidades e anseios dos educandos, todos eles com suas necessidades específicas - quem não as tem? -, num ambiente acolhedor numa perspectiva inclusiva e amorosa. Cercados por relatos degradantes acerca das relações que se estabelecem em algumas escolas - e que são tratadas como se assim fosse em todas elas -, lemos, nesta obra, narrativas inspiradoras acerca de um lugar delicioso onde se pode crescer, aprender, ensinar e conviver com sujeitos diversos, alegres e estimulantes.Flávio Boleiz Jr. Professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte