Tudo começou com a minha morte, ou quase isso. Em maio de 2019 sofri um acidente vascular cerebral aos 34 anos de idade, e logo depois outros dois. Três AVCs em menos de vinte dias. Antes deles, era uma mulher aparentemente saudável. Tudo isso foi para os ares depois de vinte e um dias no hospital em que passei por cirurgias, comas e muita luta para sobreviver. Dentre as diversas sequelas, perdi parte da massa encefálica do lobo parietal direito e fiquei.Desmiolada.Olhar aquela tomografia comparte do meu cérebro despedaçado foi a pior coisa que aconteceu na minha vida. Para mim aquela imagem era sinônimo de inutilidade, uma espécie de lápide de uma morte anunciada. Mas, quis o destino que eu fosse resgatada por outros sobreviventes, quepassaram pela mesma situação. Comecei a descrever o que sentia nos grupos de apoio virtuais e aquelas palavras começaram a viralizar, representando toda uma comunidade. É sobre isso que escrevo: morte, vida, dor, desespero, vitória e ressignificação.Histórias que não são só minhas, mas de todos aqueles que sobreviveram a um AVC.
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