Ortega y Gasset, em um artigo intitulado "Deus à vista", dizia que: "Há momentos de odium Dei, de grande fuga do divino, quando a enorme montanha que é Deus quase desaparece do horizonte. Mas há momentos em que, de repente, com a graça intocada de uma praia virgem, o penhasco da divindade emerge. A hora é desse tipo, e é hora de gritar: Deus à vista!"Com essas palavras Miguel Pérez de Laborda inicia este estudo - rigoroso intelectualmente, mas acessível - de teologia natural, em que demonstra ser possível à inteligência humana chegar à afirmação da existência de Deus.Em Deus à vista, o conhecimento natural do divino, o autor explora as diversas vias pelas quais é possível conhecer Deus, desde os argumentos clássicos, passando pelas vias de São Tomás de Aquino, até os argumentos cosmológicos, teleológicos e antropológicos modernos; explica também a natureza de Deus e expõe a fragilidade das objeções de agnósticos e ateus, demonstrando como crer é um ato racional, essencial para a compreensão da realidade e do próprio ser humano.