Antiga Fenícia. País dos cedros. Paris do Oriente Médio. Um país menor que o menor estado brasileiro, o Sergipe. Tradição e modernidade. Montanhas e o mar. Deus e o diabo. Presença no Brasil. Esses são alguns dos temas ou das formas de qualificação desse pequeno país do Oriente Médio, o Líbano, com cujos vizinhos partilha-se das maiores tensões da atualidade. Tornado independente em 22 de novembro de 1943, pouco mais de 90 anos de vivência republicana, o Líbano permanece dividido e sectário em sua política; unido e forte em seus infortúnios. Deus e o diabo na terra dos cedros é um livro urgente. Em dez capítulos, cuidadosamente elaborados, a história contemporânea do Líbano é revisitada a partir dos interesses colonialistas e imperialistasdas potências europeias, ávidas pelos espólios do Império Turco-Otomano, que levaram à implementação do mandato francês. A independência alcançada décadas depois teve como resultado imediato a criação de um sectarismo que reverberou em divisões, tensões e disputas, exacerbadas na longa guerra civil e nas interferências regionais e soluções internacionais. Refúgio e migração forçada, imigração e retorno são os dois lados de uma mesma moeda: questões econômicas, políticas e sociais têm provocado deslocamentos e movimentos dessa diáspora libanesa que fincou suas raízes no Brasil. Uma grave crise econômica que assola o Líbano não encontra consolo nem refúgio na riqueza do petróleo e do gás natural que pode, ao contrário, se converter em mais um