Março de 2020 estampa sobre a tragédia humana vivida pela ocorrência da pandemia do covid-19, uma experiência que universaliza a vulnerabilidade coletiva. O adoecimento disseminado de milhões de seres humanos, os fantasmas das grandes epidemias que assolaram a humanidade em sua história, o quantitativo de mortes muito expressivo em todo o globo, o pânico geral instalado, a aversão ao contato social, o isolamento, os lockdowns como medidas protetivas de grandes massas demográficas, o desmonte das economias, a fragilidade das políticas públicas (para não falar da inexistência) para afrontar um mal que ameaçava a todos, a performance de órgãos internacionais e nacionais para fazerem frente a essa onda mortal altamente ameaçadora: tudo isto e muito mais parece ressoar a condição humana de fragilidade e o imenso desafio do plano político das organizações sociais no combate destas ameaças. De que maneira as instituições se organizaram no enfrentamento da impotência instalada em suas administrações para produzirem saídas que mitigassem a morte, o adoecimento, o rizoma de adoecimentos que foram produzidos neste contexto? De modo particular, como os sistemas carcerários adequaram seus protocolos e dinâmicas para conferir um mínimo de vitalidade social em seus funcionamentos? São as provocações aqui formuladas.