Ao colocar em evidência os denominados dispositivos da normatividade, Antonio Tucci, professor da Università degli Studi di Salerno (UNISA), nos oferece um debate que se desloca entre a soberania e a biopolítica como uma espécie de descentramento. Nestes termos, ao longo desta obra, aborda as tecnologias de poder a partir dos dispositivos disciplinares e de segurança. Ao enfrentar a problemática da governamentalidade desde a ideia da (r)espacialização das formas de governo, considera a necessidade de rediscutir a questão da soberania a partir de novas formas e metodologias de zoneamento geográfico? insinuando-se, principalmente, sobre questões fronteiriças; os limites territoriais como construções sociopolíticas e culturais na contemporaneidade. No apagar das luzes de sua argumentação o autor joga luzes sobre as formas de in/exclusão, colocando-os em perspectiva em relação à necessidade de se normalizar a cidadania entre práticas jurídicas e processos de subjetivação, bem como a raça ?inserida em uma dimensão política?, entre formas identitárias e instâncias de reinvindicação. Para tanto, Tucci nos incita a pensar o espaço urbano como o lugar do agenciamento político, sugerindo que pensemos alternativas para modelos de cidades cada vez mais projetadas como espaços abertos, híbridos, com conexões, relações cruzadas e incongruências; uma realidade que contraria a lógica dos espaços excessivamente normatizados, institucionalizados e historicamente organizados pela disciplina.