Estamos certos de que todos os educadores desejam formar alunos que, em ocasiões de conflitos interpessoais, tenham estrutura para resolvê-los de forma justa e respeitosa. No entanto, será que as ações destes colaboram para este tipo de formação? Em nossa prática percebemos que muitos professores pensam estar caminhando nesta direção e ingenuamente caminham para a formação de pessoas que possuem poucos recursos para resolver os desentendimentos que ocorrem em seus relacionamentos, e desta forma, não encontram outra maneira de enfrentar um conflito, a não ser, aceitar ser coagido ou coagir para solucionar o problema. É mais decepcionante ainda quando observamos tal fato entre os adolescentes, visto que estes estão em um momento fundamental de formação de personalidade e de busca de um sentido para suas vidas. Diante deste panorama a escola não tem condições de continuar a se omitir. Esse livro tem o objetivo de refletir sobre o papel dos conflitos interpessoais no âmbito escolar em uma visão construtivista e as atuações dos educadores que favoreçam a formação de alunos autônomos, propondo como foco a fase da adolescência, com suas especificidades e particularidades.